OS MISTERIOSOS TÚNEIS DE RIO CLARO – PARTE 5 Retomando as Investigações Importantes Informações da Arqueóloga que Entrou nos Túneis

Retomando as Investigações

 

Importantes Informações da Arqueóloga que Entrou nos Túneis

 

Dando continuidade na matéria “Os misteriosos Túneis Secretos de Rio Claro” para a Revista Eletrônica Rio Claro Online, apresentamos nesse artigo as importantes declarações da arqueóloga Marizilda Couto Campos na época da descoberta dos túneis, declarações essas, prestadas a mídia em geral e, em especial, ao Jornal Cidade de Rio Claro, que fez uma boa cobertura jornalística na ocasião.

 

Marizilda, que foi Diretora do Patrimônio Histórico de Rio Claro quando da descoberta dos túneis, trabalhava para a Prefeitura de São Paulo, e solicitou ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) autorização para realizar escavações e pesquisas no sítio descoberto.

 

A arqueóloga Marizilda Couto Campos, após alguns dias de trabalho de pesquisa, prestou alguns depoimentos e forneceu algumas interessantes informações.

 

Vejamos o que Marizilda informou a repórter Vivian Guilherme do JC:

 

“ Tinha muito entulho, levamos um bom tempo escavando. Nesse período muita gente apareceu contando histórias e uma senhora surgiu descrevendo o túnel e dizendo que havia andado por ele quando era criança”.

 

“o túnel era muito semelhante às características que a aquela senhora havia descrito”.

 

“Era um túnel alto com uns 3 metros de altura, muito bem feito, com arco de sustentação e tinha cerca de 20 metros de comprimento.”

 

“foi encontrado material de farmácia, como garrafas, tubos de ensaio, louças, etc”.

 

“Especulamos que um dos proprietários, que era médico, acabou utilizando aquele espaço para autópsias. Rio Claro tinha muitos leprosos, o túnel pode ter sido usado para a cremação.”

 

E a repórter, num bom trabalho jornalístico aprofunda a questão…

 

“Quanto às lendas sobre uma malha de túneis interligando o Colégio das Freiras (atualmente o Puríssimo), a Igreja Matriz, a prisão (atualmente o Fórum), a Estação Ferroviária e o Casarão, Marizilda é cética, e afirma que “é tudo crença popular”. Marizilda explica que perfurou toda a região em volta do Puríssimo e da igreja, mas não encontrou nada. Entretanto, um estudo da Unesp afirma que existe um túnel embaixo do Jardim Público. “Não há comprovação nenhuma de que este túnel do Jardim tenha ligação com este trecho do Casarão. Eu pesquisei muito e até hoje não achei nada.”

 

Dessa forma, com exceção do trabalho da arqueóloga Marizilda Couto Campos, de algumas análises e conjecturas históricas do Dr. Rodrigo Pires de Oliveira, e de um trabalho de mestrado na UNESP (esse último no que se refere a um suposto túnel de ligação no subsolo da Praça da Liberdade ou no Jardim Público), pouco, ou quase nada, foi realizado de forma metódica e científica na ocasião da descoberta dos túneis em Rio Claro.

 

Paredes lacrando passagens e a continuidade dos túneis permaneceram lacradas. Ninguém se atreveu a prosseguir na abertura desses “portais” e verificar o que existe além. O sítio arqueológico todo foi, não se sabe por quem e por ordem de quem ou do que, vedado, lacrado e blindado. Prédios antigos que poderiam conter outras entradas e passagens foram sendo sistematicamente destruídos sem nenhum respeito ao Patrimônio Público e a Cultura e História de Rio Claro e, em seus lugares, foram construídos estacionamentos e outras edificações tornando praticamente impossível qualquer tentativa de pesquisas ou escavações do subsolo rioclarense. A mídia rioclarense também se calou ou foi calada. Nada mais se comentou após a descoberta dos túneis na década de 90, e tudo caiu no esquecimento.

 

A Revista Rio Claro Online reabriu o caso, e foram e tem sido milhares de pessoas de Rio Claro e de outras cidades do país que “descobriram” ou voltaram a se interessar pelos “Misteriosos Túneis de Rio Claro”. Manifestações pelas redes sociais e centenas de e-mails comprovam não só a curiosidade dos cidadãos e cidadãs, mas sobretudo a busca pelo direito a informação sobre a História da cidade e do local onde muitos nasceram ou estabeleceram suas vidas.

 

E é exatamente nesse sentido e nessa direção, visando a defesa a informação e ao Bem Comum, que daremos prosseguimento nessa matéria e nessas investigações.

 

Na Revista Eletrônica Rio Claro Online você pode ver mais fotos e os artigos anteriores – veja mais em www.rioclaroonline.com.br

Fonte Fotos – Google

Jenyberto Pizzotti para Rio Claro Online

jenyberto@yahoo.com.br

 

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