Pela primeira vez, cientistas fazem planta brilhar ao ser atacada. Assista

O alarme de emergência das plantas é semelhante ao nosso.

 

Paradas, imóveis, discretas. Como animais prepotentes que somos, tendemos a, naturalmente, menosprezar nossas colegas com folhas. Mas um novo estudo da Universidade de Wisconsin-Madison, EUA, em parceria com a Agência de Ciência e Tecnologia do Japão, mostrou, de forma inédita, o complexo sistema de defesa dentro das plantas por meio de substâncias fluorescentes.

 

O mecanismo ocorre nos vasos internos da planta quando ela está sob ataque, como a mordida de uma lagarta. O processo demora, no máximo, 120 segundos.

 

O sistema de alarme de emergência das plantas é algo conhecido, mas essa é a primeira vez que o ser humano consegue ver como isso acontece. Até porque conhecer não significa entender. E os cientistas ainda não entendiam muito bem como essa sinalização ocorria tão rápido.

 

Eles tinham uma suspeita: o cálcio. Para o ser humano, o cálcio (mais precisamente os íons cálcio, que é a forma mais estável dos átomo desse mineral) não só forma dentes e ossos, mas também exerce uma importante função na coagulação, contração muscular, regulação de batimentos cardíacos e atuação de enzimas. Por exemplo: quando nossos neurônios disparam mensagens químicas de alerta, os íons cálcio captam esse aviso e causam a contração dos músculos do coração, fazendo com que ele bata mais rápido. Isso é o seu corpo assumindo funções de alerta, para que você possa reagir quando algo lhe ameaça.

 

Mas, lógico, as plantas não podem fugir como nós. E nem tem neurônios. Mas os cientistas já sabiam que os íons cálcio desempenham funções sinalizadoras nelas. Principalmente em respostas a qualquer tipo de alteração das condições normais. Foi então que os pesquisadores decidiram visualizar a ação do cálcio em tempo real. Para isso, usaram bioengenharia e produziram uma proteína que fluoresce quando está em torno do cálcio, iluminando o interior das plantas como uma árvore de Natal ou um vagalume.

 

Usando microscópios e biossensores avançados, os pesquisadores puderam rastrear a presença e o volume do cálcio em resposta a várias lesões, de ações de lagartas a cortes de tesoura. O resultado você pode ver nestes fascinantes vídeos (e gifs!):

 (University of Wisconsin-Madison/Divulgação)

 (University of Wisconsin-Madison/Divulgação)

 

 

Fonte: Super Interessante

Foto:  University of Wisconsin-Madison/Divulgação


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