As funcionalidades visam ajudar os desenvolvedores a construir, crescer e monetizar seus aplicativos. Destaque para a palavra monetizar. Neste artigo confira as principais novidades para você ficar atualizado. Vejamos:
Facebook Messenger como plataforma
O que significa: o Facebook tornou o Messenger uma plataforma “aberta” em que desenvolvedores poderão criar aplicativos para rodarem dentro do serviço de mensagens (mediante aprovação prévia do app antes de poder ser baixado, claro). Prepare-se para enviar e receber mensagens com muito mais interatividade.
Aliás, isso é uma grande oportunidade para marcas. A ESPN já desenvolveu seu app para o Messenger Platform (provavelmente a convite do Facebook), em que disponibiliza uma biblioteca de GIF’s com cenas de esportes que captou.
Messenger Business
O que significa: é uma nova ferramenta voltada para empresas se comunicarem com seus clientes e que promete reinventar a maneira com que pessoas interagem com empresas.
Como?
— Ao concluir uma compra em um site, o cliente poderá optar por receber informações a respeito do pedido diretamente através do seu Messenger, como se estivesse conversando com um amigo.
— A loja poderá enviar informações a respeito do rastreamento da compra, inclusive com a trajetória em tempo real do pacote no mapa e outras informações. Além disso, pode ser integrada com outras ferramentas de chat, como Zendesk, por exemplo, e enviar as atualizações do pedido via push no celular do cliente.
Aparentemente o Facebook quer assumir parte da função que o e-mail já oferece há muitos anos, porém, de uma maneira mais pessoal. Aliás, o Messenger também quer que você mande e receba dinheiro de amigos diretamente pelo app sem ter que acessar uma ferramenta externa. Vejaaqui neste post.
Novo plugin aprimorado para comentários:
O que significa: a nova versão promete estimular ainda mais os usuários a comentarem em suas publicações no Facebook ou no plugin de comentários do seu site, além de facilitar o controle de spam. Isso porque pretende unificar os dois (comentários no Facebook e fora dele). Dessa maneira, se você comentar em um post no Facebook e um amigo seu estiver navegando no site da matéria, com o espelhamento, o comentário que você fez lá no facebook aparecerá no site. Isso estimulará mais as participações pelo fato de unificar a discussão, além da possibilidade de exibir contexto social maior.
Nova funcionalidade para embutir vídeos do Facebook (a la youtube):
O que significa: já disponível, essa funcionalidade permite embutir vídeos do Facebook diretamente em qualquer página na internet. Diferente do “embutir post” que já existia, o “embutir vídeo” estimula a visualização de vídeo. Veja acima como ficou.
Plugins Sociais de Compartilhamentos
O que significa: os botões de Curtir, Compartilhar e Enviar foram reformulados. Agora, tanto no desktop quando no mobile será possível usar estes itens para compartilhar conteúdo. O botão “Enviar/Send” permitirá enviar notícias de modo privado para um ou mais amigos via Messenger. Será ótimo para quando você não quiser compartilhar algo com todo mundo. Compartilhar uma corrida que você tenha feito, inclusive mostrando o mapa do percurso e manter o visual ideal como de um aplicativo para o Messenger de amigos faz parte do plano do Facebook para uma melhor experiência em compartilhamentos.
Concorrência com Google na monetização de Vídeos e espaços de anúncios:
O que significa: O Facebook não quer mostrar anúncios (eGANHAR DINHEIRO) só dentro da sua rede social. No caso, esse movimento já aconteceu com a chegada do “Facebook Audience Network”, uma espécie de “rede de display mobile” em que parceiros ganham dinheiro ao exibir anúncios em seus aplicativos mobile usando todo o poder de segmentação do Facebook.
Outro passo muito importante do Facebook foi a compra da LiveRail em julho de 2014, por cerca de $400 milhões. Ela originalmente era uma plataforma de anúncios para publishers de vídeos “somente”. No evento foi anunciado que essa plataforma permitirá que também exibam anúncios em display mobile. O Facebook vai permitir que publishers exibam anúncios em diferentes formatos com a LiveRail, como os mostrados abaixo, inclusive também com uma opção de anúncio pré-vídeo, no estilo YouTube.
Destaque também para o formato de “anúncio nativo”, que se mistura ao conteúdo de maneira natural e que gera sete vezes mais receita se comparado a anúncios estáticos, segundo Deborah Liu, executiva do Facebook.
Concorrências com o Google?
A LiveRail certamente concorrerá com o Google, mais especificamente com a plataforma DoubleClick. Enquanto o Google possui informações a respeito de intenção de consumo (pois usuários fazem pesquisas no seu buscador), o Facebook possui informações muito precisas a respeito de seus usuários, seus perfis demográficos e interesses. E isso é exatamente o que muitos anunciantes buscam: uma segmentação precisa.
No discurso no F8, Deborah Liu ainda afirmou que a LiveRail oferecerá um melhor controle, eficiência e maiores rendimentos em vídeos em todas plataformas e display em mobile. Além disso, permitirá um melhor gerenciamento de suas oportunidades de anúncio, incluindo anúncios vendidos diretamente para anunciantes e fontes de mídia programática como DSP’s e Ad Networks, incluindo o “Facebook Audience Network” que comentei acima. Ainda será possível priorizar anunciantes, bloquear certas categorias se este for concorrente do anunciante, gerar relatórios em tempo real e obter sugestões para uma cobrança ideal pelo inventário. Ou seja, a ferramenta unirá diferentes plataformas e sistemas, com o diferencial do poder de segmentação, tudo em uma única plataforma.
E esse movimento do Facebook é em direção a dois dos segmentos que mais crescem: Vídeo e Mobile.
Compromisso em corrigir bugs
O que significa: o Facebook disse estar comprometido em resolver 90% dos bugs relatados em até 30 dias e agora mostra um gráfico com o progresso (imagem acima). Bugs que envolvam itens cruciais da plataforma como login e plugin social receberão uma previsão de quando o bug deve ser corrigido. Bugs são naturais quando você se move rápido, eventualmente algumas coisas podem quebrar 🙂 mas bacana ver este comprometimento em consertar o que quebrou.
Facebook Analytics para Aplicativos:
O que significa: Já lançado, oferecerá mais dados e informações para que empresas que possuem aplicativos possam compreender melhor seus usuários. Com análises incluindo multiplataformas, será possível ver métricas baseadas em metas, perfil dos usuários, entender melhor o funil de compra, fazer análise cohort e mensurar “LTV” dos anúncios de instalação de apps.
O futuro. Ou já seria o presente?
O que significa: o vídeo acima ilustra bem como o formato de conteúdo no Facebook tem evoluído. Zuckerberg escreveu em seu post: “Cinco anos atrás, a maioria do conteúdo no Facebook eram em texto. Agora é foto. Nos próximos cinco anos será vídeo. Depois disso, será conteúdo imersivo como a realidade virtual.” Isso para ilustrar como a linha do tempo suportará vídeos esféricos, em que poderemos escolher para onde olhar e nos sentirmos como se realmente estivéssemos lá. Aliás, não foi à toa que o Facebook comprou a Oculus Rift de realidade virtual por $2 Bilhões no meio do ano passado. Certo?
O Futuro com a “Internet das Coisas” e o Facebook:
O que significa: o Facebook adquiriu a Parse ano passado, que é uma plataforma na nuvem para desenvolvedores criarem aplicativos. No F8 anunciaram que essa ferramenta oferecerá SDK (Kit de desenvolvimento de Software) para a “Internet das Coisas” ou, “Internet of Things”, que são dispositivos conectados à internet. O benefício da integração destes dispositivos ainda não é muito claro, mas deve ser algo em relação a integração de dispositivos que se complementam e oferecem facilidades aos seus donos. Ainda tem muito chão pela frente, mas mostra que o Facebook está muito atento ao futuro e que quer cada vez mais fazer parte da nossa vida, inclusive entendendo como utilizamos estes dispositivos.
Falando em Parse, o Facebook também anunciou a integração com a React, popular ferramenta de front end. Além de uma nova ferramenta nova para descoberta de bugs (debugger), foi anunciado também o “Parse Cloud Code Webhooks”, que permitirá a desenvolvedores programarem em qualquer linguagem que queiram, desde que tenham um servidor com a nova funcionalidade. O Facebook ainda anunciou outras cinco linguagens “open-source” (código aberto) para desenvolvedores mobile – mais aqui: http://bit.ly/1ODzu8V
Novo Plugin de Página:
O que significa: o Facebook reformulou o visual do aplicativo de página. Aquele que inserimos no rodapé ou na lateral de sites. Agora a imagem da capa da fanpage faz parte do conjunto.
Será que todas essas grandes novidades vem para o Brasil? Algumas já estão rolando, mas outras só saberemos depois de serem liberadas nos Estados Unidos. Torçamos para que sim e que a adesão seja grande, pois não há como negar que as funcionalidades parecem ser muito interessantes.
Um pensamento sobre o Facebook:
Não há como negar que o Facebook tem pensado a longo prazo para tornar suas redes sociais cada vez mais úteis e necessárias às pessoas, haja vista tudo que citei acima. A estratégia de migrar de um único aplicativo para 5, com o Groups, WhatsApp, Facebook, Instagram e agora o Messenger, que terá diversos outros aplicativos internamente complementando seu uso, reforçam isso.
E ainda, não há como negar que a missão do Facebook de “fazer o mundo mais aberto e conectado”, tem funcionado. Aliás, em relação a estar conectado, tem contribuído para que vários países tenhamACESSO À INTERNET, incluindo testes com uma espécie de mega-dronepara esta missão.
Para ver um resumo das novidades, clique aqui http://bit.ly/1HYpZfk e aqui http://bit.ly/1OE0S6P
Artigo de Fábio Prado Lima, fundador da AdResults, agência especializada em Facebook Ads e que possui grandes marcas em seu portfólio. Palestrante convidado em grandes eventos sobre o assunto pelo Brasil.
Fonte: adnews.com.br