Para a chanceler alemã, Angela Merkel, grupo representa uma ameaça à paz mundial por ‘sua violenta ideologia extremista e salafista’
Pela primeira vez, as Forças Aéreas da Alemanha realizaram nesta quarta-feira (16/12) um ataque coordenado contra posições do EI (Estado Islâmico) na Síria.
A ofensiva ocorre 12 dias após o Parlamento alemão ter aprovado um plano de auxílio militar à coalizão internacional, liderada pelos EUA, que combate o grupo extremista sunita no país de Bashar al-Assad.
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No ataque inédito desta quarta, a participação alemã se limitou a um avião-tanque Airbus A310, que permaneceu durante cinco horas no ar para possibilitar o reabastecimento de caças da coalizão internacional, que não tem autorização de Assad para agir na nação.
Embora a missão alemã não implique combate em terra, ela envolve 1.200 soldados, seis caças-bombardeiros tipo “Tornado” para operações de reconhecimento, dois aviões-tanque e uma fragata, que tem como intuito proteger o porta-aviões francês Charles de Gaulle, deslocado até a costa da Síria.
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O plano havia sido proposto pela chanceler alemã, Angela Merkel, e já havia passado por uma aprovação prévia do Conselho de Ministros. No Parlamento, foram 445 votos a favor e 146 contra.
À época da aprovação, Merkel argumentara que o EI representa uma ameaça à paz mundial por “sua violenta ideologia extremista e salafista, suas ações terroristas e seus persistentes ataques graves, sistemáticos e estendidos contra civis, assim como seu recrutamento e treinamento de combatentes estrangeiros”.
O sinal verde dado pelos alemães veio também pouco depois que a Cãmara dos Comuns aprovou uma medida semelhante para o Exército do Reino Unido atuar na Síria. Os dois países buscam dar respaldo ao governo francês na luta contra o EI, após o grupo reivindicar uma onda de atentados em Paris que deixou 130 mortos e mais de 250 feridos, no dia 13 de novembro.
EFE
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Fonte: Opera Mundi