São células que conseguem se multiplicar em diversos tecidos do corpo humano e são subdividas em totipotentes ou embrionárias, com a capacidade de dar origem a qualquer tecido do corpo humano. As células-tronco existem em diversos tecidos: no cordão umbilical e nas células embrionárias e possuem a capacidade de auto-replicação. Sua utilização representa a esperança para alternativas de tratamento de diversas doenças e lesões como Alzheimer, mal de Parkinson, diabetes, distrofia muscular e esclerose. O nome célula-tronco é uma tradução do inglês que significa ‘stem cell’, que é o nome dado para as células das plantas com capacidade para regenerar.
Elas podem ser de natureza adulta ou embrionária. As adultas podem ser extraídas de diversos tecidos humanos. Já as embrionárias somente são localizadas nos embriões humanos. O armazenamento dos cordões umbilicais é importante, pois nele é encontrada uma grande quantidade de células-tronco hematopoiéticas, importantes para o transplante de medula óssea.
As doenças que mais se beneficiariam com a utilização de células-tronco são: câncer, doenças cardíacas, osteoporose, cegueira, doenças hepáticas e cegueira. O uso de células-tronco é permitido em países como Inglaterra, Canadá, África do Sul, Alemanha, Japão, entre outros.
Há opiniões que condenam a utilização das células-tronco, entre elas, a da Igreja Católica. Isso ocorre porque a igreja já considera o embrião como ser humano. Para essa instituição, essas pesquisas manipulam a vida e vão contra suas doutrinas.
Classificação das Células-Tronco
Totipotentes
São as células que conseguem se diferenciar nos 216 tecidos do corpo humano. Elas são encontradas durante as primeiras fases de divisão do embrião, por volta de 3 ou 4 dias de vida.
Pluripotentes ou Multipotentes
São capazes de se diferenciar em vários tecidos humanos, exceto a placenta e os anexos embrionários. São encontradas na fase do blastocisto, aproximadamente no 5° dia de vida. As células no interior do blastocisto são pluripotentes e as que pertencem à membrana externa, produzem a placenta e as membranas embrionárias.
Oligotentes
Esse tipo de célula diferencia-se em poucos tecidos.
Unipotentes
Diferenciam-se em apenas um tecido.
Lei da Biossegurança
Essa lei autoriza as pesquisas com células-tronco embrionárias; porém, isso somente poderá ser feito com aqueles embriões que estiverem em clínicas de fertilização e que sejam considerados excedentes ou inviáveis, por não conseguirem desenvolver um feto. Continua proibida a manipulação, a comercialização e a produção de embriões tanto para fins terapêuticos ou reprodutivos com base nos princípios constitucionais do direito à vida e à dignidade dos embriões.
Ela foi sancionada em março de 2005 e a polêmica que surgiu a partir dessa lei é devido à necessidade da retirada do ‘botão embrionário’ para que se possam explorar as células-tronco. Esse procedimento, atualmente, causa a destruição do embrião. Esse processo não é aprovado por algumas religiões, que afirmam já existir vida no momento na concepção.
Conforme a lei, as instituições de pesquisa devem apresentar seus projetos aos comitês de ética e pesquisa e devem obter uma autorização da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. As pesquisas somente podem utilizar os embriões que não possuem qualidade para serem implantados nas mulheres, os que contenham alguma mutação genética ou os congelados por mais de três anos. Em todos os casos, é necessário que os genitores autorizem o procedimento.
O Brasil já possuía anteriormente uma Lei de Biossegurança, que foi sancionada em 1995. Essa lei proibia a pesquisa feita com embriões. Nos Estados Unidos, o Governo Federal foi proibido de liberar verbas para a pesquisa com embriões humanos, somente para aquelas que foram coletadas antes de 2001, ano em que essa lei foi sancionada. A Itália não autoriza a pesquisa com células-tronco, enquanto no Reino Unido, é permitida até a clonagem terapêutica. Nos países latino-americanos, os que permitem o uso de embriões são o Brasil e o México.
Fonte: Fertilização In Vitro