A conta de luz deve ficar mais barata em todo o país neste mês de abril. O motivo: a bandeira tarifária será verde, ou seja, não será cobrada uma taxa extra.
Como melhorou a situação dos reservatórios das hidrelétricas, o governo federal autorizou desligar as usinas termelétricas, que são mais caras. É a primeira vez que isso acontece desde que a taxa entrou em vigor, no começo de 2015.
Ainda não se sabe se a bandeira verde será mantida em maio, ou se a cobrança extra voltará. A definição deve ser divulgada no dia 29, pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Bandeira foi mudando de cor
Desde janeiro de 2015, as contas passaram a ter uma cobrança adicional, chamada de bandeira tarifária, para compensar gastos mais altos para gerar energia. Nos últimos meses, essa bandeira foi mudando de cor:
- Até janeiro deste ano, a bandeira era vermelha e a taxa extra era de R$ 4,50 para cada R$ 100 kWh consumidos;
- Em fevereiro, passou para bandeira “rosa” e a taxa caiu para R$ 3 para cada R$ 100 kWh;
- Em março, a bandeira mudou para amarela e a taxa caiu para R$ 1,50 a cada 100 kWh;
- Em abril, entra em vigor a bandeira verde e a taxa extra deixa de ser cobrada.
A bandeira verde em abril já era esperada, conforme anúncio do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.
Pouca chuva, conta mais cara
Quando há pouca chuva, o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas cai, o que diminui a produção de energia. Para compensar essa queda, o governo manda acionar usinas termelétricas, a carvão, que são mais caras. Foi o que aconteceu no país desde 2013.
Foi criada, então, a bandeira vermelha, essa cobrança extra na conta de luz para bancar esses custos maiores na produção de energia.
Neste ano, a situação melhorou: choveu mais e subiu o volume dos reservatórios das hidrelétricas. Além disso, o consumo das famílias e indústrias caiu, e novas usinas começaram a funcionar. Com isso, foi possível desligar as termelétricas.
Mesmo assim, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pede que os consumidores façam o uso eficiente de energia elétrica e combatam os desperdícios.
(Com Reuters)
Fonte: Uol