O atual presidente Michel Temer (PMDB) foi alvo de manifestações neste domingo em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Curitiba. A capital paulista teve o maior ato, que reuniu cerca de 100 mil pessoas, segundo seus organizadores. A PM não divulgou estimativas.
Os atos tiveram um pedido em comum: o pedido por novas eleições, após ser consumado o impeachment de Dilma Rousseff (PT) em votação feita por senadores na última quarta (31).
Em São Paulo, o ponto de encontro foi a avenida Paulista. Principal palco de atos na cidade, a avenida, que é fechada para carros aos domingos, foi tomada por manifestantes convocados por movimentos sociais, após a passagem da Tocha Paraolímpica.
Por volta das 17h, os organizadores estimavam o público em mais de 50 mil pessoas. O número foi ampliado para 100 mil pela organização pouco mais tarde. A polícia militar não fez estimativa do público até as 19h. A via tinha manifestantes por toda a extensão, mas com concentração maior na região do Masp, entre a praça do Ciclista e a avenida Brigadeiro Luís Antônio. Os manifestantes seguiram da Paulista para o largo da Batata, pela avenida Rebouças. No final do protesto, foi queimado um caixão com foto do presidente Michel Temer.
Ironias contra a fala de Michel Temer
Um grande mote para os cartazes no ato foi a declaração de Michel Temer (PMDB) na última sexta. O peemedebista disse que os protestos que ocorreram ao longo de toda a semana na capital paulista eram de“40 pessoas que quebravam carros”.
Com o grande público na Paulista, os manifestantes ironizaram tanto esta frase como a do ministro José Serra, que chamou os atos de “mini mini mini”. Até o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), presente no ato, agradeceu a Temer por ajudar a aumentar o público graças à fala. O protesto contou com outros políticos, como Eduardo Suplicy (PT) e com artistas, como Letícia Sabatella.
Tocha Paraolímpica alvo de gritos e cartazes