A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação(CNTE) aprovou greve dos educadores a partir desta quarta-feira (15) nos estados e municípios de todo o país. A mobilização da Confederação e das entidades filiadas conta como principais reivindicações a não aprovação da reforma previdenciária e trabalhista.
“É um dia de luta contra a reforma da previdência, que, no caso dos professores, atinge brutalmente, porque perdemos direitos que foram conquistados depois de muita luta. Com a reforma, para um professor se aposentar integralmente, ele tem que começar a trabalhar aos 16 anos de idade”, afirma a coordenadora geral do Sepe-RJ, Marta Moraes.
A medida pretende acabar com a aposentadoria especial do magistério tanto para os novos concursados como para quem tem menos de 45 anos, no caso de professoras, e menos de 50 anos, no caso de professores.
A CNTE alega que a reforma traz ainda outros prejuízos como o aumento da idade mínima para aposentadoria, que será de 65 anos para homens e mulheres, além da exigência de 49 anos de contribuição para ambos.
A adesão extrapola a área da educação, e já tem adeptos da justiça, da polícia civil e de servidores da saúde do estado do Rio de Janeiro. O Sindicato dos Professores do Município do Rio e Região (Sinpro-Rio) também aderiu a paralisação, incluindo escolas particulares.
“Quando outras categorias aderem é o indício de uma greve geral. Todos estão vendo a gravidade desse momento. Não existe déficit na previdência, a gente vem afirmando isso há muito tempo”, disse Marta.
Para esta quarta-feira (15) está marcado um ato em frente a Igreja Candelária, no Centro do Rio, às 16h. Redes como São Gonçalo, Valença, e outras do interior, também já aderiram à greve e participarão do ato público na Candelária.
Fonte: Jornal do Brasil