Com a piora simultânea das expectativas para este e os próximos dois anos, analistas e investidores projetam que a economia brasileira chegará a 2017 ainda sem ter recuperado as dimensões de 2013.
Dito de outra maneira, acredita-se que a produção e a renda do país passarão por um quadriênio de retrocesso, oscilando entre períodos de estagnação, recessão e recuperação lenta.
De um crescimento de apenas 0,1% em 2014, o PIB (Produto Interno Bruto) deverá encolher quase 2% neste ano -a queda esperada pelo mercado passou de 1,8%, na semana passada, para 1,97%.
Para 2016, a taxa central projetada na pesquisa semanal do Banco Central caiu de 0,2% para zero; para 2017, de 1,7% para 1,5%. O pessimismo é crescente desde o início do ano.
É evidente que cálculos de economistas são sujeitos a grandes imprecisões, ainda mais em prazos tão longos. Mas o descrédito generalizado nas perspectivas de retomada da expansão do PIB afeta desde já os investimentos das empresas e o consumo das famílias.
Os dados mostram que os ajustes do ministro Joaquim Levy (Fazenda) nas contas do governo e nos juros ainda estão longe de devolverem a credibilidade da política econômica.
Nas últimas semanas, consolidou-se a avaliação de que as medidas destinadas a reequilibrar o Orçamento e controlar a inflação terão de ser estendidas aos próximos anos. Nessa toada, imagina-se, uma recuperação mais vigorosa ficará, na melhor das hipóteses, para o ano eleitoral de 2018 -para o qual ainda não há projeções pesquisadas.
POR DINHEIRO PÚBLICO & CIA