Em comunicado emitido pelas diretorias de ensino, a ordem é que as escolas ignorem a greve e façam propaganda de que não apoiam a greve dos professores.
A greve dos professores no estado de São Paulo já foi aderida por quase 50% dos professores do estado, segundo sindicato.
No último sábado (21), os professores votaram pela continuidade da greve em assembleia na Avenida Paulista que reuniu mais de 30 mil docentes.
A ordem que está sendo divulgada em diretorias de ensino é que as escolas ignorem a greve, o comunicado espalhado é que em hipótese alguma o comando da greve deve entrar na escola, este fato será considerado assédio moral.
Com o tom de ameaça, o comunicado emitido também quer que se cole cartazes em todas as escolas com os dizeres: “Não estamos em greve”.
A ordem atinge até o grêmio estudantil, pedindo para que seja espalhado nas redes sociais a afirmação de que a escola não está em greve.
Reprimindo a greve, o governo de São Paulo pretende ignorar até segunda ordem a greve da categoria que assola todo o estado.
Segue o comunicado na integra:
Senhores Diretores de Escola.
Aviso
1 – Em nenhuma hipótese o comando de greve deve entrar na escola. Este Fato está se considerando assédio moral
2 – Coloque mensagens dizendo: Esta escola não está em greve
3 – Liguem/transmitam e-mails para os pais dos alunos incitando o comparecimento as aulas
4 – Convoquem eventuais, na possibilidade, V.Sª., o Vice-Diretor, Professor Coordenador deverão assumir com os alunos, trabalhar com os cadernos do Aluno ou outros mecanismos e materiais indicados para tal fim
5 – Não permitir colar cartazes sobre a greve nos portões ou muros da escola
6 – Solicitar dos alunos do Grêmio Estudantil difundirem entre os colegas que as aulas estão ocorrendo normalmente, inclusive utilizando as redes sociais para tal.
7 – O desencontro das orientações acima (aliás que se amparam na Constituição Federal, ECA e L.C 10.261/1968) configura-se descumprimento do Estatuto do Funcionário Público em seu artigo 241.
São Paulo, 18 de Março de 2015.
Confira o artigo original no Portal Metrópole: http://www.portalmetropole.com/2015/03/em-comunicado-alckmin-quer-que-escolas.html#ixzz3VKdousyf