Gaeco cumpre mandados de busca e apreensão e prende cinco pessoas em Araras/SP

Operação Erede contou com o apoio da Polícia Militar e da corregedoria da Polícia Civil.

 

Na manhã desta terça-feira (09), equipes do GAEGO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) estiveram em Araras (SP), onde cumpriram quatro mandados de prisões preventivas contra 4 empresários e um investigador de polícia. Há advogado envolvido nas investigações.

 

Todos suspeitos de envolvimento com esquema de jogo do bicho e máquinas caça-níquel, foram levados para prestarem depoimentos na Central de Polícia Judiciária. Segundo a Secretaria de Segurança de São Paulo (SSP), a Operação Erede contou com o apoio da Polícia Militar e da corregedoria da Polícia Civil.

 

A SSP ressaltou que não compactua com desvios de conduta de seus policiais civis e apura com rigor todas as suspeitas, promovendo a punição daqueles que cometem qualquer irregularidade, por meio da corregedoria da instituição.

 

Nossa reportagem esteve conversando com exclusividade com a Dra. Fernanda Escobar, a advogada do caso, que está acompanhando a operação desde as 6h da manhã.

 

Investigação

 

A investigação teve início a partir da promotoria de Justiça de Araras, que constatou, nas audiências designadas pela Vara do Juizado Especial Criminal para apurar contravenções de jogos de azar, que boa parte das defesas técnicas nos processos criminais ficava sempre a cargo dos mesmos advogados.

 

Após análise criteriosa dos boletins de ocorrência e termos circunstanciados que deram origem às audiências na Vara do Juizado Especial Criminal, a menção aos nomes dos advogados foram recorrentes em vários procedimentos policiais.

 

O Gaeco obteve junto à Vara Criminal de Araras o afastamento do sigilo das comunicações telefônicas dessas pessoas. Por meio do monitoramento das ligações, foi possível compreender a estrutura da organização criminosa e identificar seus integrantes.

 

Mandados

 

A Operação Erede, cujo nome significa “herdeiro” em italiano, começou às 6h para cumprir mandados de busca e apreensão e a prisão preventiva dos envolvidos.

 

Segundo o tenente Carlos Eduardo Salgado, comandante de Força Tática de Limeira (SP), em uma das casas foram localizados diversos materiais para montagem de máquinas caça-níquel, como monitores e computadores. Em outra casa foram apreendidas duas armas de fogo.

 

A advogada Fernanda Escobar, que defende o investigador e um dos empresários presos, disse que acompanhou o primeiro interrogatório feito na Polícia Judiciária, mas ainda não teve acesso ao processo que corre em segredo de Justiça.

 

De acordo com o Gaeco, o investigador preso tinha a incumbência de influenciar a atividade policial para que fossem realizadas apreensões em pontos de jogos de azar pertencentes a concorrentes da organização criminosa, bem como de avisar com antecedência sobre ações policiais que pudessem recair em locais de jogos de azar vinculados a dois investigados.

 

A SSP ressaltou que não compactua com desvios de conduta de seus policiais civis e apura com rigor todas as suspeitas, promovendo a punição daqueles que cometem qualquer irregularidade, por meio da corregedoria da instituição.

 

Com informações Repórter Beto Ribeiro


© 2024 - Rio Claro Online
Todos os Direitos Reservados
Agência Interativa Nautilus Publicidade