INTERCEPTOR ! ENTREVISTA EXCLUSIVA PARA O RIO CLARO ONLINE !

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Fevereiro de 2015:  o Interceptor lança o excelente ep “Loud Whispers of Hell”.

Gravado no Estúdio Fuzza, na cidade de Americana, o registro-vulcão traz à tona toda vitalidade da banda, nascida na velha Rio Claro.

São duas pedradas no pote: “No One Can Catch You” e “Run Like Hell”, está última com webclipe estralando por aí:

 

OS CHAPAS

De sonoridade altamente coesa com muito punch, técnica e um  peso metalzão rocker do capeta,o Interceptor  é um quarteto de responsa  formado por Will  (voz/guitarra) Luther (guitarra) Lazaro – the legend (baixo) e Thor (bateria).

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Pegue aquela gelada, se segure na poltrona e confira o animado bate bola com exclusividade para o Rio Claro Online .

 

A banda já existe há um bom tempo. Como foram os primeiros dias de vida do Interceptor?

 

A Interceptor inicialmente tocava covers de bandas como o Metallica, Sepultura, Motorhead, Matanza, sempre visando num futuro criar suas composições autorais. Para uma banda em que os integrantes dependiam dos pais para compra de instrumentos, transporte o inicio foi muito difícil, especialmente porque ninguém vinha de família com altas condições financeiras, neste ponto foi um pouco difícil.

Mas com o com o passar dos anos isso foi melhorando, houve um amadurecimento pessoal e musical de todos nós, o que nos levou a concretizar a idéia inicial de músicas próprias.

 

E o batismo? O nome traz qual significação pra vocês?

Nos inspiramos no filme Mad Max, no carro de nome “Interceptor”, que achamos ser um nome poderoso/forte, tal qual o veículo dos cinemas.

 

Como rola o processo de composição?

As linhas iniciais de nossas músicas são feitas pelo nosso vocalista Wildner Lima, que vai nos apresentando o som, que depois é trabalhado por todos nós em conjunto para ficar com a cara da banda.

 

Falem um pouco a respeito da gravação e produção do novo EP, “Loud Whisper of Hell”.

 

Foi muito boa essa experiência pois, trabalhamos com o melhor profissional do interior de São Paulo, Ricardo Biancarelli, do Estúdio Fuzza em Americana, que além de captar os sons, fez todo o trabalho de produtor conosco.

Na gravação usamos um equipamento de primeira linha, e conseguimos alcançar o timbre característico da banda, sem contar a atenção que nos foi dada por parte do Ricardo, que sempre ponderava conosco alguns pontos importantes nas músicas, lapidando cada vez mais os sons – sem contar o ambiente totalmente descontraído, que foi muito importante. isso tudo acrescentou muito para todos nós.

Neste EP, gravamos duas faixas , a primeira delas “No One Can Catch You”, que foi composta mais recentemente, e outra já conhecida “Run Like Hell”, que já vínhamos tocando há alguns anos.

Inclusive essa última lançamos um webclipe com imagens e edição feitas por outro grande amigo, Nicolau Melo, que vem se destacando nos últimos anos, pelo exímio trabalho com edição de vídeos, captação de imagem.

 Como tem sido a recepção?

 Melhor que nós esperávamos, em dois ou três dias as visualizações em nossas redes sociais cresceram, os comentários foram positivos, diversos compartilhamentos, e também novas pessoas se conectando à banda em razão de tudo isso.

Um dos primeiros resultados que tivemos foi um convite para tocar no Curitiba Rock Carnival, um festival realizado no Sul do País, em que se apresentaram bandas dos Estados Unidos, Holanda, Argentina e dentre outras aqui do Brasil, nós fomos mostrar nosso trabalho que foi “repaginado” com relação ao início da banda

Além, disso o dono de uma gravadora aqui do interior, que se interessou em lançar nosso material em vinil, o que muito em breve isso será disponibilizado para o público amante dos clássicos “bolachões”.

 

Pergunta clichê, mas que toda entrevista tem: “dá pra viver de música no Brasil?”

Realmente nos perguntam isso com certa frequência, ou ainda, “quanto ganhamos”, enfim, acredito que viver de música no Brasil é mais fácil quando se toca músicas mais populares, como sertanejo, axé, pop rock, em bandas de baile, ou interpretando covers.

Nosso caso é outro, tocamos Rock n Roll ou metal como alguns dizem, e além disso, as músicas são autorais, então as oportunidades se tornam ainda mais restritas, tanto para festivais como para casas de show.

De outro ponto, é absolutamente satisfatório poder tocar e ao final do show ser parabenizado por algum desconhecido que se interessou pelo trabalho apresentado em palco, isso realmente não tem preço pelo menos para nós.

Na Interceptor todos trabalhamos com outras coisas, Direito, Arte, Psicologia, nosso principal sustento vem de outra fonte, e os valores de cachê acabam ficando para o caixa da banda.

Mas isso não significa que não se possa alcançar  certa tranquilidade financeira trabalhando exclusivamente com Rock n Roll.

 

O Interceptor tem história na cidade. Qual cena mais bizarra-engraçada que rolou em algum show de vocês aqui na city?

Me lembro uma vez que fomos tocar em um motoclube, e ao final do show, quando estávamos agradecendo aos envolvidos, citamos o nome de outro clube de motociclistas, como se o encontro tivesse sido organizado por eles, foi bem engraçado.

 E quanto às situações engraçadas nesse contexto todo ao longo dos anos? Qual o caso mais sem noção que vocês vivenciaram? E porra, quem é o mais piadista da banda? E o mais cachaceiro?

 Já teve um rapaz que chorou desesperadamente ao final de um show pois tocamos uma música que ele gostava muito.

Em outro show um cara ficou falando palavrão do começo ao fim para nós, aí ao final do show o Lazaro foi perguntar pra ele porque ele xingava tanto a banda, ele respondeu: “Porque vocês são uns ‘cara’ muito foda e eu to adorando o show, fazia tempo que não via uma banda assim, se eu xingo é porque eu to curtindo muito”. Haha Vai entender né!

Piadista todos nós somos, mas acho que o Lazaro é um pouco mais que nós, já cachaceiro, com certeza é o Luther.

 

Outra pergunta meio clichê e babaca, mas vamos lá. E as influências da galera, quais são?

Nossas influências mudaram bastante os últimos anos, e cada um tem uma linha de som que gosta mais, acho que escolas que nos moldaram foram Metallica, Motorhead, Dream Theater, Lordi, Testament, Mastodon, Iron Maiden, Acdc, Megadeth, Angra, enfim, são inúmeras as influências.

Como vocês veem a cena aqui da cidade, e as bandas de Rio Claro?

 Em nossa cidade temos bandas e músicos excelentes, e aqui poderíamos citar diversas delas, autorais ou não.

Acredito que o problema, não só em Rio Claro, mas de modo geral, esteja no público que não impulsiona/incentiva/comparece aos eventos.

Vários bares em nossa cidade fecharam, dentre outros motivos porque o público já não comparecia aos eventos, ou quando ia, não entrava na casa, e isto é um fator importante.

Não vejo válido o argumento de que “nunca tem nada em Rio Claro”. Em nossa cidade mensalmente tocam bandas legais, de alta categoria, mas algumas vezes para poucos ouvintes, e aqui posso citar o Overnight Music Bar, que tinha por excelência trazer atrações de qualidade mas nem sempre a resposta esperada era satisfatória.

 

O que vocês pensam da ideia dos festivais? Cito aqui o clássico Equinócio, sagrado festival realizado há mais de uma década e que transformou em muito a mentalidade da galera que curte som.  Que memórias esse festival traz pra vocês? Poderiam falar de algo marcante que vocês vivenciaram em alguma de suas edições?

 

Festivais são muito importantes para promover as bandas da velha guarda, as iniciantes, enfim, é lá que todos se encontram, músicos, público em geral, bêbados, velhos amigos, enfim, os festivais geram a interação de toda essas engrenagens, como é o caso do Metal Carroça realizado aqui em Rio Claro também.

O Equinócio é um orgulho pra nós, sempre que preciso fazer uma referência de nossa cidade o Equinócio é a primeira idéia que nos serve a mente, festivais como esse são fundamentais.

A principal memória que tenho do Equinócio, foi ver o Korzus em 2012, foi sensacional esse dia!

Outro momento importante foi, claro, tocar no Equinócio no ano de 2008, ao lado de bandas importantes de nossa região.

 

Vocês consideram o Rick Bonadio um picareta ou ele é “apenas um brasileiro que não desiste nunca” ?

 Bom, pessoalmente nada contra, ele chegou a produzir artistas como Charlie Brown Jr., Fresno, NxZero, Tihuana, CPM 22, então deve ter sua competência e importância haha

Vocês já choraram assistindo “A Praça é Nossa”?

 Só se for de desgosto hssiahauihsa

Vocês gostam de Chaves? Em caso positivo, qual personagem lhes chama mais atenção?

 Chaves é vida, e seu madruga é a alma do “El Chavo”

 E o futuro? Planos, tours, clipes, gravações, rios de bebedeiras, shows insanos – o que vem por aí?

 Para 2015, estamos planejando lançar mais um clipe, e com certeza duas músicas pelo menos.

Este ano está sendo muito importante para a banda, praticamente um divisor de águas, é a Interceptor se profissionalizando musicalmente, através de gravações, clipes, shows mais elaborados, com novos elementos.

A bebedeira é só uma conseqüência desses inúmeros encontros que a Interceptor tem marcado com seu público.

 Um último recado para os leitores do Rio Claro Online, fiquem à vonts.

Primeiramente obrigado pelo convite e oportunidade de nos dar voz aqui no Rio Claro Online.

Para o pessoal que nos lê, deixo nosso contato para conhecerem o trabalho da Interceptör através do facebook “Interceptör Band”, onde todo material produzido está disponível para vocês.

Agradecemos pela força de todos que colaboram conosco. É isso aí galera!

 


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