Ser honesto, ético e de bons princípios é algo intrínseco, perfil e estilo incomensuráveis da mais lídima excelência de valores, quando exteriorizados por correlata postura de atitudes, incontestavelmente, inclusive dos gestores públicos governamentais.
Somente elas são capazes de atestá-los, quando ininterruptamente e com a habitualidade imutável, desde sempre ao longo da história da vida de cada um dos Seres Humanos, àqueles que jamais se permitem ‘contaminar’.
Não há fatos, argumentos ou supressões que os suplantem, verdadeiros vetores basilares da sociedade legalmente organizada, da gestão pública e dos Direitos Fundamentais, desde a formação inicial do Ser Humano, que a levará em todas as fases ou etapas de seu desenvolvimento.
Todavia, há nefastas e sórdidas aberrações de atitudes infratoras e reincidentes violadoras dos Direitos Humanos, degradantes desiguais, embora semelhantes ao Ser, não coincidem à retidão de atitudes Humanas idôneas.
Sem generalizar, difícil é saber se em grande, pequena ou parcial parte, sendo prematuro mensurar, quanto indevido pré-julgar, mesmo a guisa de fortes indícios, até porque somente no decorrer e findas as investigações vierem a provar judicialmente os crimes e respectivos (as) autores (as), e assim, mais condenações houver, além das já existentes.
Até o momento fatos ocorrentes e ‘recorrentes’ amplamente divulgados pela mídia, das investigações dos ‘escândalos’ norteados pela corrupção e desvios do dinheiro público, por si só já se tornam politicamente insustentáveis, ressentidas pelos episódios que se repetem, pois apenas a operação Lava-Jato chega à vigésima quarta operação.
Ademais, não é surpresa do simples acaso ou mera coincidência que nos acomete, e sim, embasados a sólidos indícios investigativos em andamento, e outros anteriores, os quais culminaram com seus autores condenados pela Justiça.
E, como consequência, fatídica e sórdida realidade política-social-econômica-financeira dolosamente imposta, isto sim, sem dúvidas, muito embora não exclusiva de nosso País, mas, pelo que tudo indica, na proporção delituosa dos que já cumprem a pena e em relação ao que desponta ainda por ser investigado, deveras é repugnante e estarrecedor.
Portanto, a indignidade trazida pelas consequências da corrupção, pelo descaso na contraprestação dos serviços públicos, pela inexistência de novos incentivos e investimentos, a carga tributária, os altos custos dos gêneros alimentícios e outros de primeira necessidade, além da saúde, inflação e o desemprego, revelam um Estado-parte violador de Direitos Humanos, cuja existência e subsistência revezam-se, aviltantemente.
Por isso tenho-a como intolerável e insuportável na condição de simples cidadão brasileiro que sou, igual a todos os meus pares, mas sem esquecer que fazemos parte da preocupação da Comunidade Internacional de Direitos Humanos.
Se não fosse trágico eu diria irônico, sarcástico e cruel, porquanto carecedor insustentável do Direito à Dignidade do cidadão brasileiro (Ser Humano), e que por essa razão suscita, no mínimo, Monitoramento Internacional, remetendo-se ao ‘b’ a ‘ba’ da “lição de casa”, incondicionalmente sob a égide da legítima Justiça retificativa.
Dr.Orlando de Pilla Filho – Presidente da Comissão de Direitos Humanos – Rio Claro/SP