Deputado também defende que Câmara se desvincule do Executivo
SÃO PAULO – O presidente da Câmara e presidente da República em exercício, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na manhã desta segunda-feira que a eventual nova denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer deve ser analisada rapidamente.
— Parece que haverá uma segunda denúncia contra o presidente da República. Nós, cumprindo os prazos regimentais, devemos analisar com todo respeito e decidir de forma rápida para que o Congresso volte a olhar no horizonte essa agenda de mudanças que o Brasil tanto precisa — disse Maia, ao participar de um fórum promovido pela revista “Exame”.
O presidente da Câmara destacou ser “aliado de Temer desde o primeiro momento” e prometeu “continuar sendo”. Admitiu, porém, fissuras na base do presidente com as denúncias.
— Acho que a base do governo no Congresso perdeu alguma força, claro que esse tipo de ato, uma denúncia, gera desgaste e algum tipo de desarticulação — afirmou.
Para a denúncia da PGR ter prosseguimento, são necessários os votos de 342 deputados. Caso isso aconteça, o Supremo Tribunal Federal (STF) decide se abre o processo. Caso abra, Temer é obrigado a se afastar do cargo por até seis meses.
Na avalição de Maia, a Câmara precisa se desvincular do Executivo:
— Temos que começar a separar, não porque o presidente Michel Temer é mal avaliado, é porque a gente precisa que a Câmara tenha uma agenda de reformas permanentes. Vamos ter eleição e não sabemos o que vai sair da eleição.
Para a plateia de empresários, o presidente da Câmara defendeu a reforma da Previdência, classificada como “coração” de todas as mudanças que o país precisa. Sua expectativa é votar as mudanças na Previdência em outubro.
Maia disse também que no futuro deve ser discutida a estabilidade dos servidores públicos.
Fonte: O Globo
O presidente em exercício Rodrigo Maia, participa de Fórum promovido pela revista Exame no Hotel Unique Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo