São Paulo – Os funcionários do Metrô de São Paulo e da CPTM decidiram adiar para semana que vem a greve que estava prevista para hoje (27).
O sindicato dos metroviários definiu que a paralisação pode ocorrer no próximo dia 02 de junho. Já os ferroviários marcaram o aviso de greve para o dia 03 de junho.
Antes de ocorrerem, ambas as greves devem ser votadas em assembleia.
Na véspera, o governo e o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) vão analisar as reividincações das categorias, numa última tentativa para evitar que a paralisação dê um nó no trânsito de São Paulo.
Os metroviários pedem reajuste salarial de 8,24% e aumento real de 9,49%, além de reajustes em benefícios como vale-alimentação e vale-refeição. Também exigem a readmissão de 38 funcionários demitidos na greve do ano passado.
Os ferroviários querem reajuste de 7,89% nos salários e aumento real de mais 10%.
Anteontem (25), o governo negociou com o TRT-2, mas não chegou a um acordo. O tribunal sugeriu reajuste de 8,82%, mas o Metrô oferece 7,21% na remuneração.
O TRT-2 propôs aos ferroviários 8,25% de reajuste nos salários e benefícios, enquanto a CPTM oferece 6,65%.
Funcionamento
A Justiça já determinou que, em caso de greve, a CPTM deve manter 90% de maquinistas e 70% em relação às demais atividades nos horários de picos (das 4h às 10h e das 16h às 21h), além de 60% nos outros horários.
No caso do Metrô, 100% dos funcionários deverão trabalhar nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h), e 70% nos outros horários.
A liberação de catracas está proibida por liminar, sob multa diária de R$ 100 mil.
Por Jonas Carvalho, de EXAME.com