PARALIZAÇÃO – CURSO DE TEATRO SANTA GERTRUDES

Nesta terça-feira, dia 30 de Maio, a Cia. Teatral Caboclo Ventura de Santa Gertrudes paralisou suas aulas e atividades.

 

O Diretor do Grupo Lázaro Maciel está a dois meses trabalhando voluntariamente, por este motivo o Curso de Teatro oferecido gratuitamente à população pela Prefeitura Municipal encerrará suas atividades até a retomada da contratação do mesmo e a conquista de reivindicações para desenvolvimento e evolução do teatro e da cultura na cidade.

 

O Curso de Teatro teve inicio no município no ano de 2013.

 

A convite da Secretária de Cultura Letícia Tonon, Lázaro passou a integrar a Secretaria de Cultura, Turismo e Lazer como Assistente Especial, de 2013 á 2016 na Administração Rogério Pascon. Tinham como objetivo desenvolver um trabalho com as artes cênicas, então, em 2013 com apenas 15 alunos iniciou o Curso Livre de Teatro para maiores de 12 anos. Neste ano não houve montagem teatral. Em 2014, fundou-se a Cia. Teatral Caboclo Ventura, que teve sua primeira montagem com lotação em todas as sessões e grande prestígio da população. A partir de então, o teatro começou a ganhar visibilidade não somente na cidade, mas também na região, sendo necessária a abertura de novas turmas em todos os períodos, contando atualmente com 85 alunos.

 

Nestes quatro anos de existência, a Cia. apresentou seis espetáculos teatrais, sendo eles: “A Praça de Retalhos” de Carlos Meceni, “O Menino do Dedo Verde” de Maurice Druon, “O Berço do Herói” de Dias Gomes, “O Auto da Compadecida” de Ariano Suassuna, “A Igreja Bem Assombrada” de Jomar Magalhães e “Pé Vermelho” de criação coletiva. Pé Vermelho foi uma obra realizada em parceria com o Projeto Ademar Guerra 2016. (Projeto da Secretaria de Cultura do Estado e Governo Estadual, que seleciona grupos do interior avaliando suas propostas, oferecendo Orientação Artística e apoio).

 

Todas as apresentações foram gratuitas para as escolas do município e para o público em geral.

 

O grupo tem desenvolvido atividades e intervenções artísticas em eventos como: Inauguração de Espaços Públicos, Conferências Municipais, Desfile Cívico, Semana da Consciência Negra, Dia das Crianças, FEST CLIP – Festival Nacional de Videoclipe e visitação ao Lar dos Velhinhos. Neste ano estávamos realizando a montagem de três espetáculos: “O Meu Pé de Laranja Lima” de José Mauro de Vasconcelos, “O Fantástico Mistério de Feiurinha” de Pedro Bandeira e com o Projeto Ademar Guerra 2017: “Gota D’água” de Chico Buarque e Paulo Pontes, em parceria com a Corporação Musical Augusto Trambaioli, além do espetáculo “A Fantástica Fábrica de Chocolates”, parceria com a Escola Municipal de Dança Elizandra Beloto.

 

A Cia. desenvolveu novas ferramentas tanto para o fortalecimento do próprio grupo, como para proporcionar novos eventos para a comunidade. Criamos um grupo de organização e uma equipe de Assistentes de Direção, ambos formados pelos próprios alunos. Os mesmos, organizaram o Sarau Cultural – Pé Vermelho, realizado no mês de Abril e eventos que estão programados para acontecer, como o 1º Arraiá Teatrar, 1º Curta Teatro (Festival de Cenas Curtas) e a 2ª Mostra Teatral, os quais sem as aulas, os encontros e o apoio do poder público não poderão acontecer.

 

A Secretaria de Cultura, Turismo e Lazer por meio da Prefeitura Municipal mantinha o Curso de Teatro disponibilizando um professor e quando autorizado: espaço, materiais de papelaria, transporte, alimentação nos dias de apresentações e contratação de serviço de som e iluminação para os espetáculos. A demanda tem a cada ano aumentado, e com isso nossas despesas. Somente no ano passado o grupo gastou do próprio caixa o valor de R$ 10.000,00, adquirido pela contribuição mensal de cada aluno (R$ 10,00), rifas e venda de comida/bebida nos próprios eventos. Esse valor fora destinado a compra de materiais para cenários, figurinos, maquiagens e outros serviços, que não podem ser supridos pela Prefeitura Municipal, por não ter como justificar esses gastos perante o Tribunal de Contas. Para que as aulas continuem, necessitamos da contratação do professor, da garantia de um espaço definitivo para aulas, ensaios e apresentações; liberação para cobrar bilheteria em nossas apresentações, a fim de suprir os gastos citados anteriormente, pagos pelos próprios alunos e de que SEMPRE teremos apoio na contratação de som, iluminação e equipe para realização de nossos eventos.

 

Precisamos de agilidade no processo, pois trabalhamos com cronograma e sem o curso, o desenvolvimento dos alunos e do grupo é interrompido, visto que a evolução de cada um é perceptível ao decorrer do curso que apresenta melhoras à sua saúde física e psicológica, desenvolve autoconhecimento e desperta o interesse em aprender, o que o torna uma pessoa melhor como aluno, filho e cidadão, ou seja, sem o Curso Livre de Teatro toda a evolução do grupo e da cultura do município, está sendo posta a perder.

 

Aguardamos que tudo seja resolvido rapidamente, para darmos continuidade as nossas atividades.

 

Atenciosamente, Cia. Teatral Caboclo Ventura. 31 de Maio de 2017.

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