SBT e Record chegam ao final de 2016 cabeça a cabeça na disputa pela vice-liderança de audiência em todo o país. Se o SBT vence a Record nos décimos no PNT, a Record também bate a concorrente em São Paulo, principal mercado publicitário do país.
As duas emissoras estão a décimos de distância, no limite da margem de erro da medição, e essa briga pelo 2º lugar certamente vai se acirrar em 2017. Já a Globo seguirá mais um ano como líder inatingível.
O problema é que nem SBT e tampouco Record estão em posição confortável para comemorar a desgraça alheia. Isso porque ambas têm vários problemas –leia-se falta– de conteúdo e lacunas para serem resolvidos antes de março-abril, o bimestre dos lançamentos.
O SBT tem problemas no ibope de seu jornalismo matinal, que tem perdido há meses para Globo e Record.
Outro horário ainda deficiente na emissora de Silvio Santos é o início da tarde de segunda a sexta, onde o “Fofocando” ainda não provou a que veio.
Por fim, a emissora ainda sofrerá para resolver as lacunas abertas com a saída de Raul Gil aos sábados, e ainda achar uma atração de peso para os domingos, após a “morte” do (então decadente) “Domingo Legal”.
ENQUANTO ISSO, NA BARRA FUNDA…
Mas a Record também não tem tempo de apreciar as dificuldades da rival porque tem pepinos tão ou mais cascudos para descascar.
A pouco mais de três meses da estreia de sua nova programação, a Record ainda não sabe com certeza o que vai colocar nas noites de segunda a sexta; nem nas tardes de sábado; não sabe também se fará ou não um reality caríssimo chamado “A Fazenda”; enfim, não tem certeza de quais reality shows podem integrar a programação no próximo ano.
Além disso ainda tem de resolver uma outra “novela” interna:
A emissora vai continuar a investir majoritariamente em novelas bíblicas? Se a resposta for sim, as novelas vão continuar a ser tão prolixas e arrastadas como “A Terra Prometida” (algo que tem incomodado telespectadores)? Por fim, a emissora vai desistir para sempre de concorrer em temas novelísticos atuais e cotidianos, que caracterizam as produções da líder Globo?
E NO MORUMBI…
De todas as emissoras abertas, a Band é a que atravessa a fase mais delicada, devido sua insegura situação financeira, mas isso não é novidade na sede do Morumbi.
Ainda há esperança para a Band, mas infelizmente ela vem sendo acompanhada de cortes.
Em fase de cortes colossais de custos, a TV da família Saad não terá no próximo ano o valioso futebol brasileiro; também não tem dinheiro para investir em novelas próprias; sofre derrotas quando disputa formatos de reality shows e outros programas (porque outras TVs têm mais dinheiro); e ainda por cima tem um de seus principais produtos, o “Pânico”, em um de seus piores momentos em anos.
Para completar, em 2017 a Band ainda manterá seu horário nobre engessado pela venda de uma hora de programação para a Igreja Internacional da Graça, o que lhe dá um dinheiro bacana, mas derruba sua audiência no horário mais valioso da TV e atrapalha todos os programas que vêm a seguir.
Nem tudo está perdido, mas a emissora parece estar hoje agarrada a uma única boia: a franquia “Masterchef”
A verdade é que, para executivos de Record, SBT e Band, este não deve estar sendo um final de ano tranquilo.
@feltrinoficial
Fonte: TV e Famosos