Rio Claro na Contra Mão:
RODÍZIO DE PROMOTORES NA 7 PROMOTORIA DE JUSTIÇA
BLINDA CORRUPÇÃO E IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Jenyberto Pizzotti
Acontecem e existem situações nessa nossa amada cidade de Rio Claro, que nem os filmes do Expressionismo Alemão como Nosferatu (filme de 1922) do diretor Friedrich Wilhelm Murnau, conseguiriam expressar melhor em termos de insano, maléfico e grotesco. Acredito que nem mesmo o pintor catalão e artista plástico surrealista espanhol Salvador Dalí, conseguiria retratar melhor essa nossa Rio Claro no que ela tem de pior, de obscuro, e de surreal.
Feita essa introdução meio antológica e analógica, vamos aos FATOS.
Pasmem todos aqueles que tomarem conhecimento disso, que a FUNDAMENTAL E IMPORTANTÍSSIMA Sétima Promotoria de Justiça do Ministério Público de Rio Claro tem funcionado há meses com seu digno e brilhante promotor Dr. André Vitor de Freitas, ainda efetivado no cargo de Promotor da Sétima Promotoria (e autor de várias denúncias de improbidade, concussão e estelionato envolvendo políticos de Rio Claro e região que tramitam na Justiça local, muitas delas em fase final de sentença, em primeira instância), afastado de suas funções, sob “convite” direto do Procurador-Geral de Justiça para trabalhar em sua assessoria, na área de Patrimônio Público, no Centro de Apoio Operacional – CAO no Ministério público de São Paulo.
E o que na prática isso significa ? Simples. A implantação de um “RODIZIO” de promotores no cargo, em substituição ao brilhante e digno promotor Dr. André Vitor de Freitas, e prosseguindo no raciocínio, o que isso significa ? Simples… a BLINDAGEM de todos os políticos corruptos dessa cidade, a BLINDAGEM nas ações que denunciam IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA e CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO PÚBLICO. E como esse processo se dá ? Simples… Nenhum Promotor Publico, por mais corajoso, honesto e bem intencionado que seja consegue estudar, analisar e arriscar decisões e pareceres em ações em andamento ficando aproximadamente 15 dias no cargo nesse sistema maquiavélico e insano de “rodízio”.
Quem planejou, articulou e executou um plano desses ? Ou isso tudo é uma mera casualidade jurídica ? O que está oculto atrás de uma aparente e simples ação burocrática ? Quem são os NOSFERATUS dessa cidade ? Quem nos destrói nas sombras ? Até quando o povo rioclarense ficará nesse estado de catalepsia mental e sem reagir, sem opinar, e sem se posicionar diante de forças que lhe trata como gado ?
É de FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA, é ético e moral, que o digníssimo Promotor e Defensor Público Dr. André Vitor de Freitas reassuma IMEDIATAMENTE suas funções, e que dê continuidade as suas brilhantes e corajosas ações, ou então que RENUNCIE ao cargo, possibilitando que outro Promotor se efetive na função e cumpra seu papel.
Esse “RODÍZIO” de Promotores na digna e importantíssima Sétima Promotoria Pública de Rio Claro, pode ser legal, mas é imoral. O povo rioclarense que confia, defende, e apoia integral e apaixonadamente TODOS os Promotores que estão atuando em Rio Claro, não merecem esse tipo de “jogada” maligna, insana, e maquiavélica. Resolvam isso e logo !
Cabe destacar aqui a reportagem do jornalista Antonio Archangelo, que em 22 de junho de 2016, pelas páginas do Jornal Cidade de Rio Claro (JC), de forma brilhante e corajosa (tanto o jornalista quanto o jornal) publicou o seguinte:
“Não há interferência política, diz promotor André Vitor de Freitas
(Antonio Archangelo – Jornal Cidade de Rio Claro)
“O promotor de Justiça, André Vitor de Freitas, rechaçou as informações de que sua ida para São Paulo se deveu a articulação política de mandatários investigados na Comarca de Rio Claro. De acordo com ele, “esses comentários de que minha saída tem alguma motivação ou interferência política são absurdos e totalmente inverídicos”.
“Não há absolutamente nenhuma interferência política nesta minha saída. Como eu já disse, recebi um convite direto do procurador-geral de Justiça e o aceitei, só isso. Eu não fui promovido. Continuo sendo promotor em Rio Claro. O que aconteceu é que o procurador-geral de Justiça me convidou para trabalhar em sua assessoria, na área de Patrimônio Público, no Centro de Apoio Operacional – CAO. E como é uma área em que eu atuo bastante e gosto muito, eu aceitei o convite. É uma experiência um pouco diferente daquela de 2014, pois o projeto de trabalho desta vez é mais abrangente. Portanto, eu estou sim indo para São Paulo para trabalhar diretamente na PGJ-SP, como assessor do CAO do Patrimônio Público. Vou trabalhar apoiando e em conjunto com promotores de todo o Estado de São Paulo na defesa do patrimônio público”, citou o promotor.”
“Na prática eu me afasto das minhas funções em Rio Claro, mas continuo sendo titular do cargo, portanto, posso voltar a qualquer momento. Enquanto estiver fora, haverá alguém me substituindo e mantendo constante contato comigo. Todas as ações propostas e a serem distribuídas serão acompanhadas por quem estiver no meu lugar e também por mim, a distância. Eu conheço todos os processos na minha área que já estão em andamento e, portanto, terei o maior prazer em colaborar com o colega na condução destes processos, de modo que eles atinjam suas finalidades”, conclui.
“Vitor é autor de várias denúncias de improbidade, concussão e estelionato envolvendo políticos de Rio Claro e região que tramitam na Justiça local, muitas delas em fase final de sentença, em primeira instância.”
Postado em 22 de junho de 2016
jenyberto@yahoo.com.br